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33 milhões de pessoas não têm o que comer no Brasil

Pesquisa da Rede Penssan aponta também que a fome dobrou em famílias com crianças com menos de 10 anos





O número de famílias que passam fome quase dobrou em apenas um ano, atingindo 33 milhões de brasileiros, segundo a nova edição da pesquisa desenvolvida pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede Penssan), divulgada no último dia 8.


São 14 milhões a mais de pessoas com fome em comparação com o último inquérito, realizado em 2020. Os resultados da pesquisa mostraram ainda uma situação alarmante para as crianças:


A fome dobrou nas famílias com indivíduos menores de 10 anos, passando de 9,4% em 2020 para 18,1% em 2022.

A pesquisa também aponta um crescimento de 7,2% no número de pessoas em algum grau de insegurança alimentar, alcançando mais da metade (58,7%) da população. Situação que os autores do estudo atribuem à continuidade do desmonte de políticas públicas, à piora na crise econômica e ao aumento das desigualdades sociais ao longo do segundo ano da pandemia da Covid-19.


A incerteza sobre o acesso ou falta de alimentos também é maior entre mulheres, pessoas negras, habitantes de zonas rurais e moradores das regiões Norte e Nordeste.


O que é insegurança alimentar?


Insegurança alimentar é quando existe incerteza em relação ao acesso aos alimentos necessários para uma alimentação saudável, um conceito criado pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia). Está dividido em 3 níveis de gravidade:


* leve: quando há incerteza quanto ao acesso a alimentos em um futuro próximo e/ou quando a qualidade da alimentação já está comprometida


* moderada: quando a quantidade de alimentos é insuficiente para toda a família


* grave: quando há privação no consumo de alimentos e fome


A insegurança alimentar grave e a fome causam a perda de energia e desnutrição, afetando o desenvolvimento físico e cognitivo de crianças e jovens.





Um em cada cinco domicílios chefiados por mulheres está em estado de insegurança alimentar – um aumento de oito pontos percentuais em relação a 2020 – contra um em cada dez domicílios chefiados por homens.


Ao mesmo tempo, domicílios habitados por pessoas brancas registraram um índice de segurança alimentar de 53%, contra 35% de domicílios habitados por pessoas negras. A fome é maior nos domicílios em que a pessoa responsável está desempregada (36,1%), trabalha como agricultor(a) familiar (22,4%) ou tem emprego informal (21,1%).


A segunda edição do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil (II VIGISAN) analisou dados coletados entre novembro de 2021 e abril de 2022, a partir de entrevistas em 12.745 domicílios, em áreas urbanas e rurais de 577 municípios, distribuídos nos 26 estados e Distrito Federal.


O resumo dos resultados e a pesquisa completa podem ser acessados no site Olhe Para a Fome

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