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Associação Americana do Coração atualiza guia e desaconselha ultraprocessados




A Associação Americana do Coração (AHA, American Heart Association) atualizou, depois de 15 anos, as orientações sobre alimentação e hábitos para proteger a saúde cardiovascular. A publicação faz um alerta sobre a relação entre a má qualidade da dieta e o risco maior de doenças e mortes causadas por problemas no coração.


Os autores adotaram a classificação NOVA, desenvolvida por pesquisadores brasileiros e considerada um marco nos estudos de nutrição ao dividir os alimentos pelo grau e propósito de processamento, criando o conceito de ultraprocessados.


Foram elencadas dez dicas sobre como melhorar o padrão alimentar. A publicação enfatiza a importância de criar e manter um bom padrão alimentar, em detrimento da ingestão de nutrientes específicos ou alimentos consumidos individualmente, e reforça a importância do consumo de alimentos frescos e variados, como frutas, verduras, legumes, proteínas saudáveis e grãos integrais.


Trata-se de uma perspectiva semelhante à do Guia Alimentar Para a População Brasileira, lançado pelo Ministério da Saúde em 2014, e que orienta o aumento do consumo de alimentos in natura e é enfático ao desaconselhar os alimentos ultraprocessados.


Entre as dicas, estão a orientação de ajustar o consumo alimentar com o gasto energético, escolher alimentos frescos ou minimamente processados, reduzir o consumo de bebidas e alimentos açucarados, limitar o uso de sal e a ingestão de bebidas alcoólicas.


Tal como o guia alimentar brasileiro, o documento também inovou ao enumerar como desafios para um padrão alimentar saudável o marketing de produtos ultraprocessados, dificuldades no acesso a alimentos saudáveis, insegurança alimentar e nutricional, e racismo estrutural.


Os autores concluem que criar um ambiente que facilite e não impeça ou dificulte a adesão a padrões alimentares saudáveis para o coração “é um imperativo de saúde pública”.


A prevalência de obesidade entre adultos nos Estados Unidos é de 42,4%, quase metade da população. Entre crianças e jovens (2 e 19 anos), esse índice é de 19,3%. Os dados constam da mais recente versão do relatório anual “Trust for America’s Health”.


Confira o artigo na íntegra (em inglês).

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