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Consumo materno de ultraprocessados aumenta risco de obesidade entre crianças e jovens

20 mil mães e filhos tiveram hábitos alimentares e dados de saúde analisados em pesquisa nos EUA


O consumo materno de produtos ultraprocessados está associado a um risco maior de obesidade e excesso de peso entre crianças e jovens, segundo um estudo publicado no British Medical Journal, um dos mais prestigiados periódicos sobre saúde e medicina do Reino Unido.


Segundo os autores, o risco de desenvolver obesidade é 26% maior entre crianças e jovens cujas mães têm alto consumo de ultraprocessados. Participaram da pesquisa quase 20 mil mães e filhos nos Estados Unidos. Eles tiveram hábitos alimentares e dados de saúde acompanhados até os 18 anos.


A pesquisa adota a classificação NOVA, criada por pesquisadores brasileiros e reconhecida mundialmente como um marco nos estudos de nutrição ao definir os alimentos de acordo com o grau de processamento, criando o conceito de ultraprocessados.


O estudo também avaliou uma sub-amostra de 2.925 mães e filhos desde o período de gestação. Neste grupo, os autores não constataram associação significativa entre o consumo de ultraprocessados durante a gestação e o aumento de peso ao longo da infância e adolescência dos filhos.


A prevalência de sobrepeso e obesidade entre crianças, adolescentes e jovens nos Estados Unidos disparou nos últimos 40 anos. Nos anos de 1970, 10.2% de crianças e jovens do país entre 2 e 19 anos tinham excesso de peso, 5,2% estavam obesos e 1% sofriam de obesidade crônica. Os indicadores saltaram para 16,1%, 19,3% e 6,1% respectivamente, segundo os dados mais recentes, entre 2017 e 2018, do Centro Nacional de Pesquisa e Estatística de Saúde e Nutrição dos Estados Unidos.


Os riscos de desenvolver doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), tais como diabetes, câncer e problemas cardiovasculares aumentam com a obesidade e o excesso de peso em crianças e jovens, além de estar associado à morte precoce.


Os autores associam os índices alarmantes à mudanças no sistema alimentar nos últimos 40 anos. Hoje, mais da metade das calorias consumidas por crianças e jovens nos Estados Unidos vêm de produtos ultraprocessados.


O artigo está disponível na íntegra (em inglês)


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