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Hábitos alimentares dos brasileiros mudaram durante o isolamento social






O aumento significativo no consumo de fast food, pães e refeições instantâneas; a diminuição da ingestão de frutas e vegetais; e o crescimento das refeições noturnas são algumas das mudanças ocorridas nos hábitos alimentares e no estilo de vida dos brasileiros a partir do isolamento social ocasionado pela pandemia da COVID-19.


A constatação foi feita por meio de pesquisa realizada por um grupo de profissionais da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Lavras (UFLA), Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e Universidade Federal de Viçosa (UFV) e publicada na revista internacional Public Health Nutrition. A coleta de dados foi feita no auge da pandemia, em 2020.


O artigo intitulado “Lifestyle and eating habits before and during Covid-19 quarantine in Brazil” (traduzido como ‘Estilo de vida e hábitos alimentares antes e durante a quarentena de Covid-19 no Brasil’) foi publicado em junho deste ano.


O estudo, que contou com a participação de mais de mil voluntários on-line, revelou também que, com exceção do jantar e do lanche da tarde, o consumo de refeições mudou visivelmente em comparação com o período anterior ao distanciamento social.


Os participantes da pesquisa relataram que, durante a pandemia, passaram a consumir com menor frequência o almoço e lanches no café da manhã. Por outro lado, observou-se uma maior frequência de lanches noturnos e de outras refeições.


Além disso, a pesquisa observou diferenças significativas em aspectos do estilo de vida dos brasileiros, como o consumo de álcool, tabagismo, tempo de sono, tempo de tela (período de utilização de dispositivos de tecnologia digital) e a realização de atividades físicas.


O estudo foi realizado remotamente, com voluntários brasileiros maiores de 18 anos, entre os meses de agosto e setembro de 2020, aproximadamente cinco meses após a implementação da quarentena no Brasil.


Um total de 1.496 participantes responderam ao questionário, mas, após a validação dos dados, 1.368 respondentes foram incluídos no estudo. A participação foi principalmente de mulheres (80%) de diferentes regiões do país.


Leia o artigo na íntegra (em inglês)



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