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O aleitamento e o cuidado com o ganho de peso na gravidez ajudam a prevenir a obesidade infantojuvenil


Desde 2017, a Lei 13.435 estabeleceu que agosto passaria a ser o “Mês do Aleitamento Materno” no Brasil, também conhecido como “Agosto Dourado”. A medida foi criada com o objetivo de intensificar ações de conscientização sobre a importância da amamentação.


 A cor dourada foi escolhida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera o leite humano um “alimento de ouro” para a saúde dos bebês. E, de fato, é. Diversas instituições de pesquisa, organizações médicas e de defesa da Infância reforçam que ele é completo e capaz de suprir as necessidades nutricionais de forma exclusiva até os seis meses de vida da criança. 


Além dos benefícios para a nutrição, o leite humano é rico em anticorpos que fortalecem a saúde do bebê, protegendo-o de diversos problemas, como diarreias e pneumonias, e ajudando a prevenir a obesidade que, nos últimos anos, se tornou um desafio de saúde pública. Ela pode afetar o desenvolvimento físico, emocional e social das crianças, além de aumentar as chances de desenvolver condições crônicas de saúde, como  diabetes e hipertensão. 


Pesquisas recentes têm destacado também a relação entre o ganho de peso excessivo durante a gestação e a obesidade infantil. Segundo um estudo realizado por pesquisadores chineses, ao manterem o peso dentro dos limites recomendados, mulheres têm menos chances de ter filhos com sobrepeso e obesidade. 


O ganho de peso acima do ideal durante a gestação também pode provocar uma limitação na produção do leite humano, além de gerar barreiras psicológicas e físicas que dificultam o estabelecimento de uma rotina de aleitamento. Um estudo feito com crianças chinesas observou que, nessas situações, as mulheres e pessoas que amamentam são mais propensas a interromper o aleitamento antes dos seis meses, aumentando o risco de obesidade infantil e de complicações futuras.


Amamentação: o primeiro hábito alimentar saudável


O Guia Alimentar para Crianças Menores de 2 anos é um documento que pode ser acessado gratuitamente e ajuda a orientar os cuidadores sobre a nutrição dos bebês. O guia destaca que a amamentação desde as primeiras horas de vida tem um papel fundamental na prevenção da obesidade e recomenda o aleitamento humano exclusivo até os 6 meses de vida. Não é necessário oferecer água, chás ou suplementos quando o bebê mantém uma rotina adequada de amamentação.


Além de proteger de problemas de saúde e fornecer os nutrientes necessários, como já foi dito, o leite humano contém hormônios e fatores de crescimento que regulam o apetite e o metabolismo da criança. A amamentação permite que o bebê controle melhor sua ingestão de leite, ajustando a quantidade conforme sua fome e desenvolvendo um senso natural de saciedade.  Em contraste, a alimentação com fórmula pode levar ao consumo excessivo, devido à menor autorregulação do bebê.


Vale lembrar que a mulher ou pessoa que amamenta também tem ganhos com o aleitamento. Ele colabora para o vínculo estabelecido com a criança, ajuda o corpo a se recuperar após as mudanças provocadas pela gestação e o parto, reduz as chances de câncer de mama, de útero e de ovário, e de desenvolver condições crônicas de saúde, como a diabetes tipo 2. 


Amamentar pode ser desafiador para muitas pessoas e, para aumentar as chances de sucesso, é importante contar com apoio e orientação. E mais: é necessário que a amamentação seja incentivada como uma política de saúde pública. De acordo com dados do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI) publicados em 2021, o aleitamento exclusivo para crianças menores de 6 meses chegava a 45,8% no Brasil. Em comparação com 1986, quando o percentual era de apenas 3%, houve uma grande melhora, mas ainda há muito a caminhar. 


A meta da OMS é de que 50% das crianças de até 6 meses sejam alimentadas exclusivamente pela amamentação até 2025. Já o governo federal espera que este índice chegue a 70% até 2030


Programas de suporte à amamentação acessíveis a toda a população e campanhas de conscientização sobre a importância do controle do peso gestacional e do aleitamento materno também são fundamentais, porque o cuidado com a saúde e a prevenção da obesidade infantil começam antes do nascimento.


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