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Pesquisador brasileiro alerta sobre consumo de ultraprocessados em editorial na British Medical Jour

Assinado por Carlos Monteiro, artigo defende taxar e regular publicidade desses produtos




O impacto do consumo de produtos ultraprocessados na saúde pública de vários países foi tema de um editorial na influente revista científica The British Medical Journal assinado pelo brasileiro Carlos Monteiro, do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens, da USP), e Geoffrey Cannon, pesquisador sênior da mesma instituição.


Os pesquisadores abrem o texto com a definição de ultraprocessados segundo a classificação NOVA, criada por Monteiro e um grupo de pesquisadores do Nupens, e considerada revolucionária ao dividir os alimentos por grau e propósito do processamento.


Por serem formulações industriais obtidas a partir da desconstrução de alimentos integrais que os transformam em componentes químicos, “não raro, esses alimentos têm como ingredientes aditivos cosméticos, que dão cor, sabor, aroma e textura, mimetizando alimentos in natura. Um exemplo é o biscoito recheado de morango, com cor, sabor e aroma próximos aos do morango, mas sem a presença da fruta na composição”, explica o pesquisador Monteiro.


Monteiro e Cannon destacam a importância de medidas como o novo sistema de rotulagem no Brasil, que passou a vigorar em outubro deste ano com a inclusão de alertas sobre excesso de açúcar, sódio e gordura saturada nos rótulos dos alimentos. “Outras ideias seriam a taxação de bebidas açucaradas (como sucos de caixinha e refrigerantes) e a regulação da publicidade de ultraprocessados (principalmente aquela destinada ao público infantil)”, conclui Monteiro.


Nesta mesma edição da revista The British Medical Journal, há uma descoberta importante sobre a associação entre o consumo de ultraprocessados e a ocorrência do câncer colorretal. “Hoje, temos um conjunto robusto de evidências científicas que mostram a associação do consumo de alimentos ultraprocessados com maiores riscos de desenvolvimento de quadros de obesidade, sobrepeso, diabetes, hipertensão e dislipidemias”, alertam os autores.



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