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Rede internacional de pesquisadores discute prevenção da obesidade infantil na América Latina

Região é a que mais avança em políticas públicas de alimentação e nutrição





Pesquisadores latinoamericanos trocaram experiências sobre como promover ambientes alimentares mais saudáveis para a prevenção da obesidade infantil durante um webinar promovido pela Colansa, uma rede colaborativa criada para estimular o intercâmbio de conhecimento científico e o avanço de políticas públicas na América Latina


Nas últimas décadas, os países da América Latina e Caribe têm se destacado pela inovação em políticas públicas relacionadas à promoção da alimentação saudável, por meio de tecnologias de base comunitária e medidas regulatórias voltadas para a ampliação e qualificação da informação oferecida aos cidadãos.


Participaram do evento Janine Coutinho, coordenadora do programa de Alimentação Saudável e Sustentável do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Carolina Batis, pesquisadora do Instituto Nacional de Saúde Pública do México, Melissa Jensen, pós-doutoranda do Centro Rudd para Políticas em Alimentação e Obesidade da Universidade de Connecticut, e Camila Corvalan, pesquisadora do Centro de Investigação em Ambientes Alimentares e Prevenção de Doenças Associadas à Nutrição da Universidade do Chile.


Carolina Batis falou sobre as diferenças de preço entre os alimentos saudáveis e ultraprocessados e o impacto na dieta. No México, os alimentos menos nutritivos estão se tornando mais caros em comparação com os produtos in natura, tendência atribuída à taxação imposta por aquele país sobre bebidas açucaradas. O Brasil, em contrapartida, vai na direção contrária, com os ultraprocessados se tornando comparativamente mais baratos que a comida fresca ou minimamente processada.


Melissa Jensen comentou os resultados de uma pesquisa sobre a alta prevalência de publicidade e marketing de alimentos não saudáveis em países da América Latina e a ausência de campanhas para promover o consumo de frutas, verduras, legumes e alimentos com baixo grau de processamento. A pesquisadora também comentou os resultados da rotulagem frontal e restrições à publicidade infantil de ultraprocessados no Chile em 2016. Houve redução da publicidade desses produtos e uma sutil queda no consumo.


A comparação entre diferentes modelos de rotulagem adotados pelo Chile, Equador, Peru, Bolívia e México foi tema da apresentação de Camila Corvalan, pesquisadora do Centro de Investigação em Ambientes Alimentares e Prevenção de Doenças Associadas à Nutrição da Universidade do Chile.


Aberto ao público, o webinar pode ser assistido na íntegra aqui (em espanhol)


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