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Estigmatizar crianças e adolescentes com obesidade leva a problemas de saúde mental




A obesidade é fator de risco para várias doenças crônicas, como diabetes e a hipertensão arterial, e, por isso, já é considerada um problema de saúde pública reconhecido pelo Ministério da Saúde. Crianças e adolescentes também são afetados por ela. Atualmente, no Brasil, três em cada dez pessoas de zero a 19 anos apresentam excesso de peso (sobrepeso ou obesidade), de acordo com o  Panorama da Obesidade, desenvolvido pelo Instituto Desiderata, com base em dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN).

 

Além de doenças crônicas, a obesidade pode provocar também impactos emocionais, principalmente devido à estigmatização, ou seja, ao tratamento negativo que muitas vezes é dado a quem apresenta excesso de peso e aos estereótipos criados socialmente, como, por exemplo, a ideia de que pessoas com obesidade não cuidam do corpo, são gulosas ou preguiçosas. Os padrões de beleza impostos pela sociedade, cada vez mais incentivados pelas redes sociais, tornam o problema ainda mais grave. 


Na infância e na adolescência, esses estigmas podem gerar impactos para toda a vida. Aparecem como apelidos, provocações, críticas e podem assumir formas mais graves, como o bullying . Também acontecem em vários ambientes frequentados pelas crianças e adolescentes, como escola, espaços públicos, na própria família e até nos consultórios médicos. Tudo isso pode interferir na vida social, na educação e nos cuidados com a saúde. Há casos em que a criança ou adolescente reduz a frequência nas aulas e até desiste da escola, por medo e vergonha. Já na saúde, esses pacientes reduzem a frequência às consultas. 


A estigmatização da obesidade é feita de duas maneiras: pelos estereótipos e pela gordofobia, que é a aversão às pessoas com obesidade. Ambas podem gerar problemas com autoimagem, autoestima, relacionamentos, carreira, estudos e diversas outras áreas da vida, levando a problemas ainda mais graves, como a ansiedade e a depressão. 


“É necessário observar como a criança se vê, como ela percebe a sua aparência física. A imagem corporal é um componente importante, porque a sua distorção e a dificuldade de percepção do seu mundo interior podem conduzir a sérios distúrbios alimentares na adolescência, como anorexia, bulimia ou compulsão alimentar”, explica a psicóloga Mileny Volante, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP),  em entrevista ao portal do médico Dráuzio Varella.

Para não culpabilizar apenas a criança e o adolescente, ou a família responsável por eles, a prevenção e o cuidado com a obesidade devem ser uma responsabilidade coletiva, envolvendo também profissionais da saúde e políticas públicas que garantam acolhimento e um olhar integral sobre o excesso de peso. 


Clique aqui e saiba mais sobre a atuação do Instituto Desiderata na prevenção e cuidado com a obesidade infantojuvenil.


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