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Janeiro Branco: a alimentação pode influenciar na saúde mental




Desde 2014, o primeiro mês do ano é conhecido como Janeiro Branco, por ser dedicado à conscientização para os cuidados com a saúde mental. E, quando falamos dela, é importante lembrar que vários fatores podem interferir no surgimento de problemas e transtornos. Questões econômicas, violência, discriminação, uso de substâncias psicoativas (álcool e drogas) e isolamento social são apenas alguns deles. O estilo de vida também exerce grande influência e, por isso, é necessário dar atenção ao sono, às práticas de exercícios e aos hábitos alimentares. 


E, falando na alimentação, pesquisadores brasileiros e australianos já vêm associando o elevado consumo de alimentos ultraprocessados ao aumento das chances de desenvolver depressão e ansiedade. Alguns exemplos desses produtos são os refrigerantes, salgadinhos de pacote, macarrão instantâneo e biscoitos recheados. 


Por serem pobres em nutrientes, eles interferem no funcionamento de diferentes mecanismos do nosso organismo, inclusive no cérebro. No caso de um estudo realizado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), foram avaliados adultos brasileiros com alta escolaridade, ao longo de quatro anos. Foi observado que pessoas que consumiam de 32% a 72% de calorias em alimentos ultraprocessados por dia apresentavam 82% mais risco de desenvolver depressão. 


A pesquisa realizada na Austrália mostrou ainda que a ansiedade leva ao aumento no consumo de ultraprocessados e que pessoas com transtornos alimentares – como anorexia, bulimia ou compulsão – escolhiam, na maioria das vezes, estes alimentos. 


Outros estudos, desenvolvidos por pesquisadores brasileiros e chineses, mostraram também que a má alimentação, rica em alimentos ultraprocessados, pode aumentar as chances de doenças mentais como o Alzheimer e a demência, por provocarem uma redução da função cognitiva, que inclui memória, fluência verbal, habilidades de planejamento, execução e resolução de atividades.  

 

Por que é um alerta para crianças e adolescentes? 


Apesar de as pesquisas citadas terem sido realizadas com adultos, vale destacar que bons hábitos alimentares começam na infância. Além disso, crianças e adolescentes também sofrem com problemas relacionados à saúde mental. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 75% deles começam na infância e metade até os 14 anos de idade. 


Por isso, ajudá-los a fazerem escolhas melhores e a terem uma alimentação rica em alimentos in natura e minimamente processados– como as frutas, verduras, legumes, grãos integrais, oleaginosas (nozes, castanhas e amendoim) e carnes magras– é importante também para cuidar da saúde mental desde cedo.  

 

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