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Ultraprocessados estão associados ao peso inadequado em recém-nascidos

Estudo da Fiocruz relaciona ambiente alimentar das gestantes ao desenvolvimento dos bebês





Gestantes que vivem em ambientes alimentares com maior disponibilidade de bebidas e alimentos ultraprocessados e pouca disponibilidade de alimentos saudáveis têm mais chances de gerarem recém-nascidos com baixo peso e estatura, segundo um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no periódico "BMC Pregnancy and Childbirth".


O grupo de pesquisadores conseguiu estabelecer essa relação por meio do cruzamento de dados de municípios brasileiros com as informações de cerca de 2,6 milhões de bebês nascidos no ano de 2016.


Dentro dessa realidade, os recém-nascidos de mulheres pretas e pardas são os que mais sofrem problemas de desenvolvimento associados ao consumo de ultraprocessados pelas mães, refletindo a desigualdade no acesso a uma alimentação saudável no Brasil.


Por outro lado, gestantes indígenas que vivem em comunidades com alta disponibilidade de alimentos e bebidas ultraprocessados e com limitado acesso aos alimentos in natura tendem a gestar fetos maiores do que o esperado durante as fases da gravidez – o que pode significar um excessivo ganho de peso para a mãe e o risco de doenças metabólicas, para ela e para o bebê.


Para chegar a essa conclusão, os municípios foram caracterizados conforme a presença de estabelecimentos comerciais e o tipo de comida disponibilizada, enquanto os dados dos bebês foram obtidos por meio do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc). O estudo foi desenvolvido por pesquisadores e pesquisadoras do Centro de Integração de Dados e Conhecimento para Saúde (CIDACS), da Fiocruz Bahia.


Os municípios com maior disponibilidade de alimentos e bebidas ultraprocessadas ​​tiveram maior chance de ter recém-nascidos pequenos para a idade gestacional. Segundo os cientistas, os resultados reforçam a tese de que a presença de alimentos ultraprocessados em um dado território possui maior influência do que a disponibilidade de comida fresca no desenvolvimento fetal e de recém-nascidos.


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Na gestação, é particularmente importante consumir uma grande variedade de alimentos in natura e minimamente processados, além de beber água, segundo orienta o Guia Alimentar para a População Brasileira do Ministério da Saúde, que tem uma publicação específica sobre o tema, o Guia Alimentar para Gestantes.


Diversificar o consumo de alimentos saudáveis supre a necessidade de ferro, ácido fólico, cálcio, vitaminas A e D, entre outros nutrientes fundamentais para o bom desenvolvimento fetal e a saúde e o bem-estar da gestante, além de prevenir o ganho de peso excessivo e o desenvolvimento de doenças como diabetes gestacional e hipertensão.


Entre as orientações do guia estão consumir diariamente feijão, legumes, verduras e frutas, além de evitar bebidas adoçadas e alimentos ultraprocessados, como refrigerantes, salgadinhos de pacote e comidas congeladas.



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